terça-feira, 29 de junho de 2010

Uma guerra anunciada

Enquanto estamos entusiasmados com mais uma copa do mundo, e, provavelmente, mais uma em que a seleção brasileira chegará à final, Fidel Castro faz reflexões acerca de uma guerra que a cada dia se torna mais concreta. Trata-se da guerra dos Estados Unidos e Israel contra o Irã.

Os EUA com o apoio de Israel ameaçaram interceptar navios cargueiros iranianos em águas internacionais. Simples assim. O império do mundo, com toda sua petulância bélica, decide que vai "controlar" o que sai e o que entra no Irã.

Desde 1979 o Irã é um país "caçado" pelos Estado Unidos. Essa caça tem por motivo a subversão do Irã contra a dominação branca que o Reino Unido, juntamente com os EUA queriam implantar em solo Islâmico. A Revolução Islâmica marca a liberdade do Irã enquanto nação. Assim como aconteceu com Cuba. 

Cuba, em 1962, esteve na mira dos Estados Unidos que ameaçavam atacá-la, e ao mesmo tempo, atacar os revolucionários com armas nucleares maciças. Tudo porque resolveu não obedecer mais à ordens do império mundial chamado Estado Unidos da América.A LIBERDADE Cubana custou 50 anos de embrago econômico praticado pelos EUA. Mas, por outro lado, trouxe a erradicação do analfabetismo, em Cuba, a menor taxa de mortalidade infantil, em Cuba, a medicina mais avançada do mundo (que só não avança ainda mais por conta do embargo), em Cuba. Enfim, Cuba tem vários problemas, mas não se pode jogar no lixo a bravura de um povo que mesmo partindo, na época da revolução, de uma economia defasada, de condições estruturais extremamente precárias, conseguiu mostrar para o mundo, que é possível viver em uma sociedade que priorize a vida, o ser humano, a humanidade, a solidariedade.

A bravura do povo cubano pode ser vista no povo iraniano. Os Estados Unidos querem matar todos aqueles que disseram não a sua exploração, a sua destruição das riquezas naturais dos povos por eles colonizados. Querem matar Cuba, e querem matar também o Irã. Se preparam para matar a Venezuela, depois a Bolívia, depois o Equador. Não se assuste, os EUA matarão a América Latina porque se não matarem serão eles que morrerão. Morrerão de fome ou depressão, porque se trata do último Estado do mundo que está preparado para viver na miséria. Falo do Estado Americano e não do povo dos Estados Unidos. As barbáries do Estado Americano, chefiado atualmente pelo lobo em pele de carneiro, adorado por muitos militantes brasileiros, Barack Obama, não representam o pensamento do povo americano. Representam, sim, a vontade de crescer e de lucrar das grandes corporações; os monopólios que dominam o capital.

Assim, uma guerra poderá ser presenciada por todos nós sem que tarde muito a acontecer. O comandante da Armada do corpo elite dos Guardiões da Revolução Islâmica, General Ali Fadavi, disse que não vai recuar caso haja um ataque por parte dos EUA e Israel. Resta-nos aguardar mais uma investida do capital contra os camaradas que um dia disserão não à continuidade da barbárie.

Alex Dancini