quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estamos aqui pela humanidade


Eu estarei rodeado de camaradas, sóbrio sobre um castelo de areia.
Estarei em pé na pedra podre que sustenta esse castelo de ilusões.
Ilustre e triste predomínio de acordos triviais trilham o caminho
Das vidas secas, sedentas por uma gota de revolução na estação internacional
Do desrespeito ao peito humano.
Ao desvio do frio que corta a frieza, triste certeza
Do calor humano abafado, soterrado pela terra que o vento reformador das populosas dunas
Traz para cá, cante-se aos quatro cantos a existência do engano, o engodo que joga no lodo a humanidade.
Mataram o Che, se foi o Prestes, caiu Neruda, Graciliano Ramos e Saramago às circunstâncias da vida. Esses comunistas deixaram a tática, a arte, narraram a história as suas próprias maneiras.
 Ainda vive Nyemeier, está lá o Fidel. Estamos todos. Um espectro ronda o mundo.