domingo, 9 de outubro de 2011

44 anos da morte do CHE


 44 anos da morte de um dos maiores revolucionários do século XX: Ernesto Guevara de La Serna – Che Guevara
Argentino, médico, desde cedo percebeu as contradições sociais e a dominação do continente latino americano pelos Estados Unidos. Contra a miséria da sociedade capitalista, Che lutou ao lado de Fidel na Revolução Cubana (1959), lutou no Congo, e comandou a luta revolucionária na Bolívia em 1966, onde foi morto no ano seguinte, a mando dos Estados Unidos.

PcdoB PERDOA OS ASSASSINOS DE TODOS OS QUE LUTARAM CONTRA A DITADURA!


imagemCrédito: 2.bp.blogspot


(Nota Política do PCB)
O partido “comunista” do Brasil passou dos limites, em sua tarefa de desmoralizar a palavra COMUNISTA e confundir as massas.
Iludem-se os que pensam que esse partido vai mudar de nome, só porque já não o merece. A palavra COMUNISTA, no nome deste partido, é funcional aos que dela se aproveitam para tentar legitimar os interesses do capital com uma máscara cada vez mais desbotada.
Como se não bastasse esse partido presidir os leilões do nosso petróleo; como se não bastasse elaborar um novo Código Florestal para servir aos interesses do agronegócio; como se não bastasse comandar eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas na lógica de capturar mais ainda o esporte como mercadoria capitalista, afastar o povo dos estádios, expulsar as comunidades pobres dos locais onde passarão os turistas estrangeiros; como se não bastasse tudo isso e mais as coligações espúrias na lógica da fome de cargos e de dinheiro a qualquer custo, o chamado PcdoB acaba de renegar sua própria história e seus próprios heróis.
Na semana passada, o deputado “comunista” Aldo Rebelo, depois de ter perdido a eleição para o “progressista” cargo de Ministro do Tribunal de Contas da União (apoiado pela direita e os ruralistas), ultrapassou todos os limites da decência e da dignidade. Na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, votou com o sinistro fascista Jair Bolsonaro contra o projeto da Deputada Luiza Erundina, que defendia a revisão da Lei da Anistia, de forma que fossem julgados os militares que torturaram e assassinaram militantes que lutaram contra a ditadura, inclusive dezenas de valorosos ex-membros de seu próprio partido.
Para não perder cargos no governo, o partido comunista de mentira quer esconder a verdade sobre a ditadura.
Temos, no PCB, muitas divergências com o PCdoB, fundado em 18 de fevereiro de 1962, inclusive em relação à Guerrilha do Araguaia, que consideramos um grande erro por tentar transpor mecanicamente para o Brasil uma forma de luta que foi adequada à realidade chinesa, uma receita de revolução do campo para a cidade, quando a classe operária urbana já tinha importante protagonismo em nosso país, acentuando a contradição entre o capital e o trabalho.  Mas os heróis do Araguaia merecem a homenagem do PCB. Eram verdadeiros COMUNISTAS.
Aldo não é um deputado avulso; vota no que determina seu partido. Votando no parecer de um deputado do DEM e não na emenda de Luiza Erundina, o partido de Aldo poderia até não se envergonhar por perdoar os assassinos de seus heróis, mas não tinha o direito de absolver os assassinos de todos os outros militantes torturados e desaparecidos na ditadura, como os do PCB e de outras organizações revolucionárias que, com  formas de luta diferentes, enfrentaram a ditadura burguesa-militar que assolou nosso país.
Reparem na triste foto que aqui exibimos, que fala mais do que estas palavras. Reparem como o esguio deputado “comunista” se apequena, se encolhe, se esconde, exatamente quando Luiza Erundina argumenta que a mudança da Lei de Anistia é um imperativo de sentença da Comissão Interamericana de Direitos Humanos que - julgando processo instaurado exatamente por familiares dos heróis do partido de Aldo - considerou o Estado Brasileiro responsável pelo desaparecimento dos militantes do Araguaia, movimento que o atual pcdob tratava até recentemente como o feito mais glorioso do PCdoB original e a própria razão de sua criação.
Repudiamos a ignomínia desse deputado e de seu partido que se diz comunista. Não descansaremos enquanto não descobrirmos a verdade e fizermos justiça em relação à tortura e o desaparecimento dos heróis do povo brasileiro, inclusive dos que foram enterrados pela segunda vez, agora por seu próprio partido.
PCB – Partido Comunista Brasileiro

domingo, 25 de setembro de 2011

Polícia de Nova York detém 80 pessoas em protestos de Wall Street

Algo está acontecendo no coração do sistema capaitalista...

A Polícia de Nova York deteve neste sábado (24) 80 pessoas relacionadas com o movimento de protesto por causa da crise econômica, chamado "Occupy Wall Street", quando se manifestavam no centro da cidade, segundo informaram fontes policiais. "Houve cerca de 80 detenções, principalmente de indivíduos que bloqueavam o trânsito e as áreas de pedestres, assim como por terem resistido a ser detidos e obstrução à administração governamental, incluindo em um caso de ataque a um agente da polícia", assinalou a polícia nova-iorquina em comunicado.

O movimento de protesto está há pouco mais de uma semana realizando um acampamento no sul de Manhattan contra o sistema financeiro americano, a corrupção e a "avareza" das companhias do país. As detenções deste sábado aconteceram em uma praça central do sul da cidade, Union Square, onde também a polícia da cidade tinha desdobrado vários agentes.

Segundo os organizadores do protesto, citados por "The New York Times", os detidos são 85 pessoas. Deles, cinco disseram que tinham sido borrifados com spray de pimenta. As manifestações foram coordenadas por um grupo de ativistas nova-iorquinos denominado "General Assembly", informa esse jornal.

A maioria dos "indignados" nova-iorquinos que protesta contra a crise econômica global permanece acampada em dois parques privados do sul da cidade, onde podiam ficar se tivessem a autorização de seus proprietários.

Após os incidentes, vários manifestantes voltaram para suas zonas de camping, segundo o jornal nova-iorquino.

Esta semana foram detidas outras 16 pessoas por terem pintado grafitis ou usarem máscaras como a que aparece no filme "V de Vingança" (2006), pois segundo detalhou então à Efe uma porta-voz oficial uma lei do estado de Nova York que data de 1845 proíbe que duas ou mais pessoas usem máscaras em uma mesma concentração.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2011/09/25/policia-de-nova-york-detem-80-pessoas-nos-protestos-de-wall-street.jhtm




sábado, 24 de setembro de 2011

O Lula Secreto

 O texto tem revelações bombásticas, entre elasa a de que Lula foi cria da Ditadura Militar para DERROTAR os comunistas (Lula jamais sonhou em ser comunista) e enfraquecer BRIZOLA. Vale a pena conferir.


www.pcb.org.br


Nota do Editores:
Reproduzimos abaixo o conjunto de textos organizado na publicação "O Lula secreto", pelo blogueiro Hugo Studart, no Internacional Press - Informação independente do Brasil e do mundo (http://internacionalpress.wordpress.com).
O conteúdo pode ser originalmente encontrado em: http://internacionalpress.wordpress.com/2011/01/09/o-lula-secreto/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pena

A pena desceu à mão,
E sem valer a pena, a tinta escorreu
Como se quisesse escrever versos tortos.
Correu firme nas veias da mesa
Como se corresse pelos riscos da mão que se abre.
Abrir mão à pena, sem valer a pena, a tinta.
Sem resposta, sem medo. A mesa espera a tinta
Que quer valer a pena, escrever versos livres,
Sem pena.
(Alex Dancini)

Construção

De massa e concreto o homem sobe seus olhos chapiscados de cansaço.
Ao concreto e à massa, suor e dor revelam o acabamento do trabalhador revestido da pele retorcida pela força do tempo.
Tempo duro. Durável por toda a vida de quem só viu saída no obedecimento ao império de ferro erguido na exploração dos trabalhadores.
A massa de cimento amargo, fruto da vida do homem que tomba de dor...
Mas seu suor será água para a nova massa que em breve revestirá o mundo na pugna revolucionária.

(Alex Dancini)

Uma pergunta



Um homem perguntou se o tempo era mau.
Sua pergunta é pelas rugas, marcas do tempo em sua face.
O tempo respondeu que não.
Sem maldade, camarada.
Não há maldade. Só a perversidade, a morte.
Suas rugas são sociais. Não temporais.
Um trabalhador questionava.
(Alex Dancini)

domingo, 18 de setembro de 2011

Cutrale mantinha 32 trabalhadores em regime de escravidão

Onde estão Willian Bonner e Fátima Bernardes, o desgraçado casal que apresenta o desgraçado Jornal Nacional, daquele desgraçado canal de TV chamado Globo?

15 de setembro de 2011

Da Radioagência NP


A maior produtora de suco de laranja do mundo, a empresa Sucocítrico Cutrale, mantinha 32 funcionários em condições precárias de trabalho em sua unidade do município de Itatinga (SP), interior do estado de São Paulo.  Os próprios trabalhadores, que atuavam na colheita de laranja, denunciaram a situação ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Na manhã desta quarta-feira (14), ao chegar no local,  a fiscalização constatou que os 32 habitavam uma única residência. Ela estava em péssimas condições de higiene e conforto, sem existência de vestiários, cozinha, ventilação e iluminação adequada. Além disso, pagavam R$ 24 por dia pela alimentação e recebiam salários de apenas R$ 620.

Os trabalhadores, que vieram dos estados de Sergipe e Maranhão, chegaram em setembro na região, já endividados pelas despesas de transporte e alimentação. De acordo com o procurador da Justiça do Trabalho, Luis Henrique Rafael, a Cutrale é responsável por toda a situação.

“Quando ela faz a contração de trabalhadores de outros estados, existe uma instrução normativa do Ministério do Trabalho obrigando que o registro da carteira seja feito no estado de origem do funcionário. Isso garante que os trabalhadores, durante a viagem, sejam protegidos pelo contrato de trabalho e tenham benefícios se acontecer algum acidente. Porém, ela aceitou essa situação e não fiscalizou. Por isso, é responsável pelas condições degradantes do alojamento.”

Após o flagrante, a empresa se comprometeu a indenizar os trabalhadores. Eles retornarão aos seus estados e receberão as verbas decorrentes da rescisão do contrato de trabalho.

A empresa Cutrale sofre processo na Justiça por ocupar, ilegalmente, 2,6 mil hectares de terras da União no município de Iaras (SP), também no interior de São Paulo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sócrates dá uma resposta fantástica sobre cuba em entrevista à Folha

Depois de um loooooongo tempo sem aparecer por aqui, bastou um feriado para que um tempinho sobrasse e fosse possível visitar este espaço. 
Aproveito para publicar um trecho da entrevista do ex-jogador Sócrates à Folha de São Paulo. A entrevista foi concedida ao jornal, dias após Sócrates deixar o hospital em que esteve internado com sérios problemas no fígado. O trecho que aqui reproduzo está na página do Partido Comunista Brasileiro - www.pcb.org.br -. Sócrates tem um filho com o nome de Fidel. Incomodado com o fato, assim como uma grande leva de pessoas que desconhecem Cuba e sua história, o repórter da Folha pergunta (!) e tem uma resposta contundente de quem esteve em Cuba e sabe que uma ditadura não faz um povo forte. O povo Cubano é forte. Logo...


27 AGOSTO 2011 
imagemCrédito:Blogdopaulinho.net
Folha: Por falar nisso, em toda essa impressionante onda de carinho que cercou você nesses dias, há também quem diga que de democrata você não tem nada porque deu o nome de Fidel a seu caçula. É mais uma de suas contradições?
Sócrates: De fato, estou tirando muita coisa de positivo neste meu quase nascer de novo. Quanto ao Fidel Castro, símbolo da Revolução Cubana, como Che Guevara, as pessoas estão mal informadas. No nosso país se conhece muito pouco o que acontece fora daqui e mesmo aqui dentro. A estrutura política cubana é extremamente democrática. Eu queria que meu filho nascesse lá, eu queria ser um cubano. Nós estivemos lá agora, nós fomos passear! Peguei minha mulher e fui lá, passear, curtir lampejos de humanidade. Um povo como aquele, numa ilhota, que há mais de 60 anos briga contra um império, só pode ser muito forte, e ditadura alguma faz um povo tão forte. Ditadura não é tempo de serviço, necessariamente é qualidade de serviço. Em Cuba, o povo participa de tudo, em cada quarteirão. E aqui? Pra quem você reclama? Você vota e não tem pra quem reclamar.

terça-feira, 31 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

MANIFESTO EM DEFESA DA FLASKÔ SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES


ImprimirPDF
imagemCrédito: Fabricas Ocupadas
Pela imediata declaração de interesse social da Flaskô, da Vila Operária e da Fábrica de Cultura e Esportes.
Em 12 de junho completam-se oito anos de ocupação e controle operário na fábrica Flaskô. Diante da crise capitalista e a decisão dos patrões de fechar a fábrica os operários e as operárias levantaram a cabeça e organizaram-se para manter a fábrica funcionando na luta em defesa dos empregos. Ocupando a fábrica e tomando seu controle.
Sem o patrão e a partir do controle operário, da democracia operária, foi reduzida a jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução nos salários.
Sem o patrão, os operários e as operárias em conjunto com famílias da região organizaram a ocupação do terreno da Fábrica e constroem hoje a Vila Operária e Popular com moradia para mais de 560 famílias.
Sem o patrão, os operários e as operárias reativaram um galpão abandonado e iniciaram o projeto “Fábrica de Cultura e Esporte”, com teatro, cinema, judô, futebol, balé e dança Além de cursos e atividades de formação
Desde o início os operários defenderam a estatização da fábrica sob controle dos trabalhadores diante das dívidas dos patrões com o estado.
Desde o inicio os operários e operárias se somaram a luta do conjunto da classe trabalhadora. Defendendo a reforma agrária junto com os trabalhadores do campo, defendendo a luta pelas moradias com os operários na cidade, defendendo os direitos e a luta contra os patrões em dezenas e dezenas de fábricas. Defendendo os serviços públicos como saúde e educação junto ao povo e aos trabalhadores do setor publico.
Lutaram desde o inicio pela reestatização das ferrovias junto aos ferroviários, pela reestatização da Vale do Rio Doce e da Embraer, por uma Petrobrás 100% estatal.
Os operários e operarias da Flasko organizaram, junto ao Movimento das Fábricas Ocupadas em conjunto com os operários da Cipla e Interfibra 8 caravanas a Brasília para exigir a estatização da fábrica. Os operários e as operárias organizaram conferências, seminários, encontros nacionais e internacionais, além de manifestações por todo o Brasil sempre discutindo com sua classe os caminhos da luta.
Hoje, desenvolvem campanha para que a Prefeitura de Sumaré-SP declare a Fábrica e toda a sua área de Interesse Social, dando um passo no caminho da desapropriação das propriedades do patrão para a sua definitiva estatização sob o controle dos trabalhadores.
Por isso convocamos todas as organizações operárias, estudantis, sindicatos, partidos e organizações políticas, personalidades a ajudarem os trabalhadores da Flaskô a irem até a vitória subscrevendo este manifesto e multiplicando iniciativas de apoio a Declaração de Interesse Social da Flaskô permitindo com isso a regularização de 560 moradias na Vila Operária, permitindo a transformação da Fábrica de Cultura e Esportes num verdadeiro centro cultural e esportivo público, e mais do que tudo isso, estatizando a fábrica, tornando-a pública, sob o controle dos operários que resistem há oito anos com seu suor e luta.
Sumaré, 25 de abril de 2011.

segunda-feira, 21 de março de 2011

VADE RETRO, OBAMA!


(Governo brasileiro se curva ao imperialismo)
(Nota Política do PCB)
A vinda de Obama ao Brasil foi um gesto forte que marcou, para o Brasil e o mundo, um claro movimento de estreitamento das relações entre os governos brasileiro e norte-americano. O governo Dilma aponta para a continuidade, em nova fase, das ações de defesa dos interesses do capitalismo brasileiro no exterior.
Os meios de comunicação burgueses do mundo todo anunciam hoje em suas manchetes“o carinho do povo brasileiro com Obama” e a “amizade Brasil/Estados Unidos”. Caiu a máscara de uma falsa esquerda que proclama a política externa brasileira como “antiimperialista”.
No caso da América Latina, foi um gesto de solidariedade aos EUA em sua luta contra os processos de mudança, sobretudo na Venezuela, Bolívia e no Equador e uma vista grossa ao bloqueio a Cuba Socialista e à prisão dos Cinco Heróis cubanos.
O principal objetivo da vinda de Obama ao Brasil foi lançar uma ofensiva sobre as reservas petrolíferas brasileiras do pré-sal, uma das razões da reativação da IV frota naval americana nos mares da América Latina. No caso de alguns países, o imperialismo precisa invadi-los militarmente para se apoderar de seus recursos naturais. No Brasil, bastam três dias de passagem do garoto propaganda do estado terrorista norte-americano, espalhando afagos cínicos e discursos demagógicos.
O governo brasileiro, durante os três dias em que Obama presidiu o Brasil, não fez qualquer gesto ou apelo aos EUA, sequer de caráter humanitário, pelo fim do bloqueio a Cuba, o desmonte do centro de tortura em Guantánamo, a criação do Estado Palestino, o fim da intervenção militar no Iraque e no Afeganistão.

domingo, 13 de março de 2011

Um poema um pouco antigo

Escrevi este poema em 2009, idinspirado na leitura de Morte e Vida Severina e, de modo específico, no diálogo entre Severino e Mestre Carpina.

Mais Um

Dia desses, andava na mira do ponto
Aquele onde pára a circular
Ninguém pela rua,
Nem bom dia pra falar.
Sozinho, ainda no escuro
Quase que ali mesmo caio
Ao tropeçar não sei em que
Em algo encostado no muro.
Ainda em pé, susto passado
O que no chão estava suspirou
E sem abrir os olhos
Duas palavras falou:

- Bom dia!

Mil desculpas caro amigo
Se por ventura o machuquei
Por que não procurastes um abrigo
Para dormires como rei?

- Imagina seu moço
Eu estou bem
Para ser um rei
Falta-me apenas um papelão que aqui não tem.
De onde vem seu moço
Assim tão arrumado
E aonde vais
Assim tão apressado?

Ah, venho de casa
Moro logo ao lado
Vou para a faculdade
Aonde tenho estudado.
Agora é minha vez de perguntar
Se não for lhe incomodar
Não tens um pequeno teto
Um lugar para morar?

- Tenho não. Vivo assim todos os dias
Já não é mais novidade
E por assim ser minha vida
De viver não tenho mais vontade.

Estendo minha mão
Para que possas levantar-te
Dei-me sua mão
Para que eu possa ajudar-te.

- Obrigado seu moço
Mas aqui vou ficar
De tanto passar fome
Não consigo de pé estar.
Faz dois dias que não como
Minha barriga já dói
E o meu “sem ter o que comer”
É o homem quem constrói.
Todos os dias homens e mulheres
Por essa rua passam
Alguns querem olhar
Outros olham e disfarçam.
Uma moeda às vezes cai
É um homem quem a joga
Vai alegre e sorridente
Está vestido na última moda.
Um outro ainda passa
Ele tem um carro do ano
No bolso tem uma chave
No chaveiro a imagem de um Santo.

Minha circular já está saindo e ela saindo eu saio também...

Meu caro amigo
Tenho de ir
O lusco-fusco passou
E é hora de partir.
Segure em meu ombro
Se sozinho não podes andar
Há pessoas pela rua
E comida iremos achar.
Sigamos em frente
Como se fôssemos soldados
Que na guerra perdida
Sentem-se desolados.
Entremos aqui
E alguma coisa comamos
Enquanto lá fora caminham
Trabalhadores humanos.
Chegou a comida
E comendo estamos
Sem muito esforço
Lá fora escutamos:

- Minha calçada está suja
O que aconteceu?
Se alguém aqui dormiu
Tomara que já morreu.
Se assim aconteceu
Amanhã acordarei
E para minha alegria
Sujeira alguma aqui verei

Essas palavras
Só eu as escutei
Sem ter o que fazer
Apenas minha cabeça abaixei.
Muita comida
O senhor comeu
E, de tanto comer
Sua barriga se encheu.
Levantou-se do banco percebendo
Que em pé já podia ficar
Ensaiou um sorriso
E viu que podia caminhar.

Seu moço embora me vou
Para aonde eu não sei
Obrigado pela ajuda
Muito feliz você me fez.
Dia desses
Nos veremos por aí
Ao encontrar-te novamente
Esteja certo de que irei sorrir.
Deixo-te, para terminar
Meu nome e sobrenome
Me chamo “apenas um”
Dos milhões que passam fome.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Campanha levará à população realidade da dívida pública brasileira

ImprimirPDF
imagemCrédito:4.bp.blogspot.com
Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Para que o povo brasileiro saiba a verdade sobre a dívida pública de seu país, o Jubileu Sul Brasil, unido a organizações, movimentos sociais, sindicatos e fóruns está construindo a campanha "A Dívida não acabou! Você paga por ela. Auditoria Já!” com a intenção de conscientizar e esclarecer. A iniciativa ainda está em fase de planejamento, mas em breve deverá promover um debate sobre a necessidade de renegociação e auditoria da dívida.
De acordo com Rosilene Wansetto, do Jubileu Sul Brasil e da equipe de preparação da Campanha, a iniciativa mostrará que apesar da ampla divulgação na mídia de que a dívida não é mais um problema para o Brasil, a verdade é que a população continua pagando, por meio dos altos impostos, um montante que cresce a cada ano e é pago com dinheiro que poderia ser aplicado na saúde e educação.
"A intenção da campanha é mostrar à sociedade, movimentos e organizações que a dívida do Brasil não foi paga, mas que na verdade ela é amortizada a cada período. Em 2009, foram gastos R$ 380 bilhões em amortizações e juros da dívida pública, o equivalente a 35,57% do orçamento da União. Em 2011, 50% do orçamento do país será destinado para o pagamento da dívida”, denuncia.
Segundo dados do Jubileu Sul Brasil, neste ano o orçamento da união sofrerá com cortes de aproximadamente R$ 30 bilhões. De modo que ficam comprometidos os investimentos sociais em transporte, reforma agrária, saneamento, moradia, saúde e educação. Outras problemáticas geradas pelo pagamento indiscriminado da dívida são o congelamento do salário de servidores públicos e o aumento pouco relevante do salário mínimo.
Hoje, a dívida pública federal (interna somada à externa) brasileira ultrapassa os dois trilhão de reais. Diante disso, como dizer que este não é mais um problema que atormenta o Brasil? Segundo Rosilene, a população precisa saber a verdade e o Governo precisa escutar os que lutam pela auditoria para juntos encontrarem soluções.
"Não queremos ficar apenas reclamando do governo. Queremos recolocar o debate sobre a dívida pública, mostrar que ela é um problema e pensar alternativas junto com a sociedade. Nossa intenção é colaborar com o governo brasileiro para que a dívida seja negociada e auditada”, revela Rosilene.
Construção da campanha
Nos próximos 21 e 22, o Jubileu Sul Brasil se reunirá com organizações populares, movimentos sociais, sindicatos, pastorais e fóruns para pensar estratégias para a campanha. A partir da agenda de cada organização será decidido como trabalhar com a mídia, como divulgar a campanha e como enfrentar os desafios que deverão se mostrar durante a luta pela renegociação e auditoria da dívida.
"Vamos juntar forças e mostrar para a população o que está acontecendo. Temos que desmascarar a dívida e denunciar que ela está sendo usada como mecanismo de especulação. Estas informações devem ser de domínio público e podem favorecer a mobilização social em favor dos necessários investimentos sociais”, convida o Jubileu Sul Brasil.

SALÁRIO MÍNIMO: A BOFETADA NA CARA DOS TRABALHADORES


ImprimirPDF
imagemCrédito: PCB
(Nota Política do PCB)
Os trabalhadores brasileiros assistiram desapontados, mais uma vez, o anúncio do novo salário mínimo de 545 reais. A presidenta Dilma, durante a campanha eleitoral, como num samba de uma nota só, não cansou de propagandear, a exemplo de Lula, o crescimento econômico do país como sendo o jamais visto na história. O aumento de 510 para 545 reais (6,87%), foi uma verdadeira bofetada na cara do povo brasileiro.
A grande maioria da população esperava, diante do alardeado crescimento, que o atual governo tivesse sensibilidade social para dar início à recomposição das perdas salariais das últimas décadas. Existe gordura econômica suficiente para dar ganhos reais ao salário mínimo de forma que os trabalhadores pudessem ver melhor atendidas as suas necessidades de morar, se alimentar e vestir, além de ter acesso a lazer, cultura e saúde. Como previa o decreto que deu origem ao salário mínimo há mais de 50 anos.
Qualquer exercício de economia doméstica, por mais primário que seja, revelará que o novo valor a ser pago não garante vida digna para uma família de quatro pessoas. Foi com essa compreensão que, em dezembro de 2010, o DIEESE anunciou que R$ 2.227,53 seria o valor mínimo necessário para dar dignidade às famílias dos trabalhadores.
As profundas modificações ocorridas no mercado de trabalho, por conta do processo de expansão das relações capitalistas nos últimos anos, responsáveis por aprofundar a depreciação do valor da força de trabalho e das condições laborais, ampliaram a presença de empregos e subempregos informais, precários e temporários no conjunto da população ocupada. Alguns estudos apontam que a renda dos 25% mais pobres tem alta correlação com o valor do mínimo. E mesmo fora do alcance da lei, a remuneração dos assalariados sem carteira, autônomos e empregados domésticos é fortemente influenciada pelo valor do salário mínimo. O mesmo acontece com os rendimentos de aposentados, pensionistas e funcionários públicos de baixa renda.
O governo federal insiste no desequilíbrio das contas públicas como o principal obstáculo para a majoração do salário mínimo. Trata-se, inteligentemente, do uso de pesos e medidas distintos para abordar as causas do déficit público no Brasil. A enorme dívida pública, o pagamento de juros estratosféricos e ainda o socorro a entidades financeiras privadas, resultam numa gigantesca transferência de renda para os credores do Estado, para a iniciativa privada, em nome de uma estabilidade econômica que prioriza descaradamente os lucros.
Quando se discute o salário mínimo, os parâmetros são outros. Só são apresentados, de forma exagerada, os impactos do aumento do salário mínimo, sem relacioná-los com o crescimento do orçamento e do PIB. Com esta manipulação, deixa-se de debater os principais impactos do aumento, ou seja, quais transferências são mais significativas do ponto de vista social. Aquelas que se concentram nos credores do Estado (bancos, empresas, ricos, classe média alta) ou aquelas que afetam diretamente a renda de dezenas de milhões de brasileiros?
A indignação popular com o novo salário mínimo cresce quando se compara com o verdadeiro assalto aos cofres públicos que foi o reajuste de 60% nos salários dos parlamentares, aprovado recentemente pelo mesmo Congresso Nacional que reajustou o novo piso em cerca de 6%. Dá para imaginar quão maior seria essa indignação, se fosse do conhecimento de todos o lucro obtido pela agiotagem oficial dos banqueiros somente com os pagamentos de juros da dívida interna efetuados com parte das verbas da União nos últimos governos.
Não é necessário, no entanto, nenhum instituto de criminalística para identificar os donos das digitais dos que promovem insistentemente criminosas desumanidades com os trabalhadores. Os que aprovaram tanto o esquálido salário mínimo para o ano de 2011, bem como a mordida dos vampiros no orçamento para pagar os juros da dívida pública são os mesmos que recebem somas bilionárias para gastar com suas eleições, na compra de votos, contratação de cabos eleitorais e com as agências de publicidade encarregadas de iludir a classe trabalhadora. Representam todos os interesses do grande capital e, mesmo que se apresentem como defensores de uma lenta e gradual melhoria das condições de vida das massas e dos “excluídos”, contribuem efetivamente para consolidar a hegemonia burguesa em nosso país.
As digitais são dos gerentes do Plano de Aceleração Capitalista (PAC), no Executivo e no Legislativo e das entidades sindicais governistas. São da presidenta Dilma e seus ministros e dos partidos da base de sustentação do governo (PT, PCdoB, PMDB, PDT, PSB, PTB, entre outros).
Não podem deixar de ser citados também os Partidos declaradamente guarda-costas da rapinagem capitalista (PPS, PSDB, DEM, etc.) que tentaram jogar para a plateia sugerindo outros valores para o mínimo. O cinismo destes é do tamanho do desmonte e sucateamento do patrimônio público que promoveram, ao entregaram a preço de banana as estatais brasileiras, no processo de privatizações. São todos farinha do mesmo saco de maldades.
Os comunistas entendemos que aos Partidos e demais organizações comprometidas com a luta contra a ordem capitalista e pela construção da sociedade socialista cabe a dura tarefa de ir além do denuncismo e do economicismo. É preciso organizar a classe trabalhadora. Na guerra entre o capital e trabalho não pode haver trégua. O fogo concentrado dos inimigos está direcionado para os direitos e a rede de proteção social do povo que trabalha ou está desempregado ou aposentado. A disputa da hegemonia neste momento passa, necessariamente, pela construção de uma Frente Anticapitalista e Antiimperialista que construa um sistema de alianças capaz de dar protagonismo àqueles que nada mais têm a perder, de forma que possam tomar a história em suas mãos e edificar a sociedade justa, fraterna e igualitária. Nessa tarefa estaremos juntos.
Fevereiro de 2011
PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO
Comissão Política Naciona

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

La más famosa foto del Che

SÓLO dos negativos tomó al comandante Ernesto Guevara el fotógrafo Korda aquel algo frío marzo de 1960, en La Habana. Uno de ellos llegaría a convertirse en la más famosa foto del Che.
Apenas un año antes, con el triunfo de la Revolución, las calles son centro de la historia, y los fotógrafos testimonian los acontecimientos. Entre ellos Alberto Díaz —Korda— quien en el periódico Revolución publicaba importantes ensayos fotográficos.
Para captar los sucesos del momento y los jóvenes que los acometían, Korda —quien era ya un reconocido artista— utilizaba la luz natural, elemento básico en su carrera.