segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O período eleitoral e o canto do sabiá

O Déficit da dívida pública vem aí, o sistema, através dos bancos, não perdoa. Talvez poderemos colocar o PT no seu devido lugar.
Há um alarde em torno do aumento de 57% do salário mínimo, mas há também a sonegação da informação de que o lucro das empresas aumentaram 400%, dos bancos 500%. A super exploração da produção aumenta a cada dia e numa velocidade tremenda. 32% da riqueza produzida por homens e mulheres desse país são DOADOS aos bancos, agronegócio e monopólios.
É preciso que se diga isso. Estamos batendo palmas com o trabalho alheio. Afinal, nos valemos da mais-valia do operário que todo dia aumenta o quantum de riqueza do mundo para que nós vivamos muito bem. Para muitos, é muito bom que continue assim, jogando água fria no inferno da pobreza, afinal, não estamos sendo aquecidos por esse fogo.
  O governo que aí está oferece macro condições para o desenvolvimento e fortalecimento do capitalismo no Brasil, e, ao mesmo tempo, oferece micro condições de melhoria de vida dos trabalhadores. 
O governo investiu 11 bilhões no bolsa família para atender a 44 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, entregou aos bancos privados e capital estrangeiro 351 bilhões de reais. A cada semestre os bancos somam lucros de mais de 20 bilhões de reais, com incentivos do Estado. Isso é um crime contra o ser humano.
Comemora-se a crescimento do consumo pela classe pobre e a dita "nova classe média", mas não se fala no endividamento da grande parte da população. Ou falo aqui alguma mentira? Quem está lendo este texto e não está pagando "prestação" de um bem de consumo que adquiriu? A super produção capitalista precisa ser desovada, mas a concentração de renda é tamanha que só por meio da obtenção de créditos (dinheiro dos bancos que esperamos que tenhamos CONDIÇÕES de pagá-lo) a classe trabalhadora tem a possibilidade de comsumí-la.

Com a louvação da auta do consumo, esquece-se das políticas públicas de ataque à desigualdade social de fato. A última pesquisa da PNAD (divulgada pelo IBGE) revela que não houve melhorias significativa nas políticas públicas de saneamento básico, educação e saúde. Márcio Pochman tentou, como todos tentam, salvar a pátria e dizer que iremos perceber a diferença a partir de 2011 porque os principais investimentos foram feitos nos dois últimos anos. Será a velha política eleitoreira?
É preciso que se ataque o capitalismo e todas as suas formas de manutenção, inclusive quando isso implica em reconhecermos que o que acreditávamos não é mais a via radical para a revolução.
Há oito anos nos enganamos, acreditando que a humanização do capitalismo é a melhor saída para a sua superação, quando ele é desumano por natureza.

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