De imediato, deixo à disposição o link para o sitio do "Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti", do qual faço parte. Nele, é possível compreender porque a Itália fascista de Berlusconi deseja matar Cesare Battisti.
Um breve e simples comentário.
O caso "Cesare Battisti" explicita a toda a sociedade a terrível força de manipulação com a qual trabalha a grande mídia. À serviço do governo Berlusconi, que representa o que restou do fascismo italiano, e de setores conservadores da sociedade brasileira, os meios de comunicação, em sua maioria, lançam informações deturpadas e mentirosas sobre as acusações que recaem sobre Cesare Battisti, revolucionário italiano e membro do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), então movimento de jovens revolucionários do final da década de 1970.
Após cerca de seis anos ouvindo hora e outra o nome de Battisti nos noticiários, sempre o taxando de assassino, a sociedade deixou-se levar pelo mais simples, ver, ouvir e desligar o noticiário, e depois desligar-se de tudo que ouvira a pouco. E pouco a pouco, a imagem de Battisti ganhou um tom sombrio, algo assustador. E ele passou a ser tratado como assassino, e ainda mais, como se fosse o pior de todos os assassinos.
Battisti é a única chance de a Itália fascista,tudo o que ainda resta dela, colocar um ponto final sobre o movimento que enfrentou bravamente os anos de chumbo daquele país. Muitos já foram assassinados pelo Estado italiano, outros se curvaram aos representantes da carnificina fascista e estão livres (de algum modo, eles têm lá seus motivos, é preciso discutí-los para compreendê-los). Assim, só restou Cesare Battisti, que mesmo exilado, continuou denunciando, em grande parte através da publicação de livros, as atrocidades do Estado italiano para com a velha guarda revolucionária do PAC e das Brigadas Vermelhas.
Estão querendo condenar um homem inocente. Para os que acreditam na moral burguesa, Battisti é um pai de família e há 30 anos vive com seus filhos e esposa, sempre exilados. Hoje, está preso e prestes a ser mandado à tortura, à morte. Mas nem mesmo a moral burguesa, por se tratar de um pai de família, foi capaz de sensibilizar as pessoas.
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