quarta-feira, 19 de maio de 2010

O patriotismo dos paranaenses depende da RPC

Os cidadãos paranaenses, de uns dias para cá, têm acrescentado velhas palavras as suas conversas rotineiras. Velhas palavras, velhos discursos. Velhas palavras, novos discursos. As palavras são as mesmas que há pouco comentavam sobre escândalos envolvendo parlamentres dos mais diversos estados brasileiros, reunidos em Brasília para decidirem(?) os rumos do país, os rumos de suas vidas, da vida de seus parentes; e até da vida de pessoas que jamais viram, como é o caso dos "laranjas" paranaenses, pessoas que tiveram seus nomes usados nos atos secretos da Assembléia Legislativa. Enfim, velhas palavras que, de tão recorrentes, tornam-se novas. Velha também é a ideia de pessoas que esperam ÉTICA na política da sociedade burguesa. Uma velha ideia, que de tão recorrente, torna-se nova, e causa tédio todas as vezes que a ouço. Acreditar em ética na política, nessa política que aí temos, é vislumbrar Papai Noel chegando no próximo natal. Nossa condição de cidadãos da sociedade buerguesa é tão deprimente que dependemos de uma organização comercial de comunicação (com interesses dos mais diversos, menos colaborar com "os cidadãos") para mostrarmos nosso patriotismo, sairmos às ruas, PERDERMOS uma aula falando nesse assunto, nos indignando, mais uma vez. Deveríamos nos colocar no lugar dos cidadãos que somos e esperarmos a próxima boa vontade de um jornalista que denuncie mais uma ação ilícita de nossos exímios REPRESENTANTES. Representantes da "democracia".

Alex Dancini

Um comentário:

  1. Olá Alex... mais uma vez te parabenizo pela retomada das postagens. E, conforme conversamos, você está certo. Concordo com sua opinião expressa no texto. Quero apenas salientar que a ética, na política da sociedade burguesa ou em qualquer outra sociedade que viermos a ter, terá a mesma dinâmica, talvez com formas e ações que as façam parecer diferentes. Aliás, não é isso o que acontece nas lutas pelo poder mundo afora? Enquanto oposição, me declaro diferente; quando estou na situação, faço algumas coisas diferentes que me fazem parecer e ser percebido como diferente, mas no cômputo final, na última análise, no abrir das cortinas, não sou tão diferente assim... nem na ação política, nem na opção ideológica...
    Seria legal discutirmos essas questões, não?

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