Acompanhando o debate no Blog do Maybuk (http://blogdomaybuk.blogspot.com) sobre política econômica intervencionista, resolvi palpitar e tecer um breve comentário a respeito desse assunto.

Pronto, bastou a aprovação de tal lei para que se levantasse aos gritos e sorrisos um monte de gente, economistas ou não, do grupo que chamo de esquerda light. Participam desse grupo aqueles que são contra a pobreza e (mas) acreditam que se erradica a mesma com medidas sociais, distribuição de renda, etc. “Devagar e sempre” é o lema desse grupo. Devagar com a dose, e sempre com a pobreza.
A abertura dada ao Estado Norte Americano para um maior controle da economia e do mercado estadunidense não representa absolutamente nada de novo, quero dizer, de bom para a classe trabalhadora, o proletariado (tem gente da esquerda light que não gosta muito desse termo, diz que é coisa do Manifesto do Partido Comunista e, portanto, deve permanecer lá dentro. Sigamos devagar e sempre). A abertura ao Estado é a única saída que restou para manter ou dar fôlego ao sistema.
Ora máximo, ora mínimo, o Estado está a serviço do modelo econômico que aí está. Ou seja, forte ou fraco o Estado responde às necessidades do Capital. A atualíssima crise que o Capital enfrenta já colocou milhões de trabalhadores na rua, cortou salários sem diminuir jornada de trabalho, e nenhum Estado, repito, nenhum Estado interviu nesse problema e exigiu uma medida contrária à medida tomada pelos grandes monopólios.
Ou seja, num momento espinhoso do sistema capitalista, miséria aumentando, demissões em massa, precarização ainda maior das condições de trabalho, numa palavra, desumanização, o Estado (os Estados) não se colocou ao lado dos trabalhadores. Preferiu se calar, ser conivente com as medidas de salvamento do mercado e dos monopólios. Dirão os da esquerda light: “com essa medida salvou-se muitos empregos”. Prefiro dizer que contribuíram com a manutenção da exploração.
Ora, onde está o Estado do povo? Ele não existe para o povo. Existe para o mercado. Responde pelas necessidades desse substantivo/sujeito que dá as carta no jogo do qual fazemos parte e não passamos de meros predicados. Seja mais forte, com programas sociais que tem a pretensa intenção de distribuição mais igual da riqueza, ou mais fraco, com a precarização das condições de vida da maioria das pessoas, o Estado é a negação do Poder Popular.
Olá Alex. Sobre esta matéria fiz uma matéria intitulada "repercussão de matéria" no Blog do Maybuk http://blogdomaybuk.blogspot.com
ResponderExcluirUm abraço e viva a internet e a liberdade de expressão.
Um abraço do Maybuk