terça-feira, 6 de julho de 2010

MARADONA REVOLUCIONÁRIO


Alguém escreveu na imprensa por esses dias que o técnico da seleção argentina se comporta como um revolucionário, "se acha", age como típíco argentino.

Acredito que o futebol se tornou burocrático.O que está em jogo, durante um jogo, não é apenas a vitória de uma equipe sobre a outra. É muito mais que isso. O futebol tornou-se uma verdadeira "bolsa de valores", é muito dinheiro envolvido nos resultados. Os resultados projetam treinadores, jogadores. Equipes vencedoras servem de vitrine para propagandas de grandes corporações.Grandes empresas negociam jogadores como qualquer outra mercadoria

Por isso, acredito que o futebol perdeu sua característica de "esporte alegria", e passou a ter como principal objetivo o resultado positivo, ou seja, vencer. Vencer de qualquer jeito. Jogar feio, retrancado, futebol burocrático. As seleções européias são o grande exemplo disso, e oBrasil passou a copiá-las porque exigiu-se isso da seleção que está no topo. As seleções africanas até a copa do mundo de 2006 jogavam pra frente, futebol alegre, contagiante e gostoso de se vê. Nessa copa, tudo mudou, e tornaram-se burocráticas também. Como não estavam acostumadas com esse jeito de se jogar, foram desclassificadas na primeira fase. Na próxima copa, possivelmente, já estarão mais preparadas para esse tipo de jogo. Somente a seleção de Gana "joga pra frente", futebol bonito, e está nas quartas-de-final. As seleções sulamericanas também ainda mantêm o futebol arte, não querem saber do futebol burocrático.

Enfim, fiz esses comentários para dizer que Maradona, no futebol, é revolucionário. Argentina é futebol arte, joga pra frente. Pode até perder para o Brasil, sair da copa antes que o Brasil, mas joga o verdadeiro futebol. Penso até que isso causa uma tremenda frustração aos brassileiros, porque a Argentina joga como os brasileiros gostariam que a seleção brasileira jogasse.

Prefiro o futebol arte.

Alex Dancini

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